Ontem aconteceu mais uma edição do #MãesNaLivraria, na unidade Fradique da Livraria da Vila, em SP, onde nos encontramos para falar do que quisermos, ops, para falar sobre Amamentação e Diabetes. 😉
Contamos com a presença de profissionais de saúde, escritoras, mães, mulheres e uma bebê serelepe!
A gente entende que esse tema é um assunto complexo e nem sempre gera interesse em todo mundo, mas ao mesmo tempo a gente acha que TODOS os assuntos devem e podem ser abordados numa roda de conversa!
Ontem pudemos conhecer um pouco mais sobre essa doença (existem muito mais do que a Diabetes Tipo 1 e Tipo 2, vcs sabiam?), ficamos sabendo que a maioria das mães diabéticas são desencorajadas pelos profissionais de saúde a não engravidar e, se elas decidem ter um bebê, então são encorajadas a desmamar desde o começo – a nem começar a amamentação, dá pra acreditar?!!!
Mesmo assim, as mulheres que se informam chegam à conclusão que SIM, é possível e prudente amamentar, que os estudos científicos não preconizam a cesárea eletiva nem o desmame precoce, pelo contrário, parir naturalmente e amamentar em livre demanda desde o nascimento do bebê é o indicado, é seguro, é menos arriscado.
Nós da Editora Timo já sabemos que o diabetes não é impedimento para o aleitamento materno. Nossos livros “Manual prático de aleitamento materno” e “Um presente para a vida toda” trazem essa informação, com referências bibliográficas consistentes. Veja um trechinho:
“É conveniente para a mãe diabética dar o peito. Já se observou que as diabéticas gestacionais (as que adoeceram durante a gravidez) têm menos da metade das possibilidades (4% em relação a 9%) de virar diabéticas a vida toda se amamentarem, e isso ainda aumenta o colesterol bom e abaixa o colesterol ruim. E as que já eram diabéticas antes da gravidez normalmente precisam de menos insulina quando amamentam.” [do livro “Um presente para a vida toda“]
E também:
“Os filhos de mães diabéticas devem ser observados e tratados com a mãe. A amamentação precoce e frequente ajuda a evitar a hipoglicemia, e os recém-nascidos em contato pele a pele com sua mãe mantêm uma glicemia e uma temperatura mais altas que os que estão sozinhos no berço. Hospitalizar o recém-nascido, separando-o da mãe, além de ser desnecessário é também perigoso para o filho da mãe diabética.” [do livro “Manual prático de aleitamento materno“]
Voltamos a falar de como é complexo ser mãe numa sociedade que nem sempre respeita e acolhe a presença de nossos bebês cheios de energia, como têm de ser, nos locais públicos (não é o caso da Livraria da Vila, que desde o ano passado nos recebe com o maior carinho e respeito, e a gente só tem a agradecer sempre e sempre!).
Além do nosso tema principal, falamos de literatura também. Uma de nossas convidadas, a Simony, compartilhou um livro que ela AMA – e a gente também passou a amar, que é o “Um buraco com meu nome”, da cordelista brasileira Jarid Arraes, publicado pelo selo Ferina. Desse pequeno livro cheio de graça, encerramos nosso post hoje com essa poesia:
tomei do mais
forte
hoje eu fui
mais que ontem
Que a gente sempre possa ser hoje mais que ontem, e amanhã mais que hoje! Porque é para a frente que caminhamos – mesmo que isso não pareça estar acontecendo, no momento atual…
Esperamos vocês na próxima edição do #MãesNalivraria, que vai acontecer em 8 de maio! Até lá!!