Coincidência, destino ou escolha?

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Diz o ditado: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Mas tortas sob qual ponto de vista? Até onde vai o tal livre arbítrio se acreditamos em um destino? Se falamos da vontade de Deus e das escolhas que fazemos na vida, cabe uma reflexão sobre termos um caminho previamente traçado.

Você já se perguntou sobre seu destino?

Na verdade, você pode ou não acreditar em Deus com esse nome. Pode ter a religião que bem entender – ou nenhuma. Pode dar o nome que quiser à energia que conecta todos nós. Independente disso em algum momento tenho certeza de que se questiona sobre o assunto.

Em algum nível, eu acredito em destino

Eu, particularmente, acredito em algum nível na história de termos um destino, algumas experiências pré-agendadas por assim dizer. A história da minha família é permeada de coincidências absurdas, intuições e visões que se concretizaram. Natural que eu acredite. É como se algumas situações da minha história já estivessem prontas em algum outro plano, só esperando para serem vividas. Mas também acredito em livre arbítrio, em fazer minhas próprias escolhas. E por isso me pergunto com certa desconfiança sobre o tal destino.

Por que alguns momentos são inexplicáveis, por que algumas pessoas parecem fazer parte da vida há uma eternidade mesmo que conheçamos pouco ou há pouco?

Sabe quando você abraça uma pessoa e parece que se confunde com ela, como se fosse uma coisa só? E quando você nem conhece muito bem alguém e simplesmente sabe o que fazer para vê-la bem, como se de alguma forma você já a conhecesse? Sem contar o tal sentimento de pertencimento, essa coisa de você ter a impressão de que o destino fica colocando uma pessoa no seu caminho toda hora, como se vocês fizessem parte de um mesmo plano… quem nunca sentiu isso que atire a primeira pedra!

Eu acredito nas escolhas e no poder que elas têm

Inclusive de mudar um possível destino. Nossos pensamentos e sentimentos certamente alteram nossa história e ninguém é prisioneiro de um destino terrível. Mas também acredito que tenhamos conexões que não se explicam e que nos completam, caminhos que são nossos e ficam se apresentando de maneiras distintas durante a vida para que tenhamos a possibilidade de optar por eles ora ou outra.

Sabe aquele momento que você tem certeza de que já viveu? Saber o que as pessoas vão dizer e o que vai acontecer como se tivesse assistido em um filme. Esse talvez seja o instante em que mais acreditemos que haja mesmo algo escrito, quando uma coisa absolutamente descabida acontece e a sensação é de que era exatamente a coisa mais adequada para aquele momento.

O mais curioso é que, a despeito de todos os planos de reação que elaboramos diariamente (ainda que inconscientemente) para as mais diversas situações, nessa hora nem é preciso pensar, é instintivo. Simplesmente é a coisa certa, sem mais.

Você acredita em coincidência, em acaso, em eventualidade?

Eu não. Cada ação tem uma reação, esse é um fato importante e entender que as consequências do que falamos, pensamos e sentimos são também positivas é fundamental para percebermos que nossa vida é nossa. E é.

Quanto às reações sem causa aparente, em algum lugar ela está. Cada lugar em que você esteve te trouxe algo novo, cada pessoa que conheceu te deu uma sensação diferente, cada ato teve um desdobramento, cada sentimento te levou a um caminho. Será mesmo que conhecer aquela pessoa ou tomar aquela atitude foram situações soltas, sem propósito definido, casualidade, ou você estava na hora certa e no lugar certo – exatamente para que aquilo acontecesse? Me parece que estamos sempre na hora certa e no lugar exato.

Já as pessoas da nossa vida, essas acredito que existem, se aproximam e afastam de nós de acordo com nossa disponibilidade de sentir e viver tudo que podem nos proporcionar. E vão se aproximar um sem fim de vezes quando forem as responsáveis pelas experiências da nossa vida. Ainda bem.

 

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