Sabe quanto a Larissa Manuela recebia de mesada?

Assim como milhares de brasileiros, eu assisti a entrevista da atriz Larissa Manuela sobre sua emancipação financeira aos 22 anos.

A pergunta que lhe trouxe aqui também é a que me motivou a escrever esse post: “Qual era o valor da mesada da Larissa Manuela?”

Não sei. Ninguém fala, nem ela.

Larissa Manuela recebia mesada, mas não tinha R$ 10 para comprar milho na praia. Essa parte eu não entendi, mas tudo bem, depois voltaremos a essa questão…

Me senti meio que em um circo, montado para forçar pessoas a tomarem decisões. Meias verdades sendo ditas por todos os lados, mas uma constatação nua a crua:

Larissa Manuela foi uma criança explorada financeiramente pelos pais desde os 4 anos de idade. Fim.

O trabalho infantil é proibido no Brasil e em diversas partes do mundo. Mas… se trouxer fama e riqueza, passa a ser “aceitável”. Tem um texto excelente sobre esse tema aqui na Canguru News, com o título indefectível: “Filho não é fonte de renda!”.

Mas não estamos aqui para falar de exploração infantil pelo mundo artístico, vamos falar mesmo é sobre a mesada da Larissa Manuela.

Você já descobriu o valor? Eu também não.

A Larissa Manuela ganhava uma mesada dos pais para “aprender” a lidar com o próprio dinheiro. Mas, pelo visto, não foi uma ferramenta eficiente no caso dela. Faltava dinheiro até para o passeio na praia.

Eu não vou entrar no mérito de quem está certo ou errado nessa história.

Vamos focar apenas na ferramenta “mesada”?

Mesada não é “educação financeira”.
Mesada é uma das ferramentas da educação financeira.

Mesada, sozinha, não educa uma criança. Ela precisa fazer parte de um contexto, que envolve um começo, meio e fim.

Seu filho não precisa necessariamente passar pela etapa da mesada para aprender a gerir dinheiro.

“Confiscar” o dinheiro que a criança ganha/recebe para impedi-la de usar da forma que desejar, não é “proteção”, é abuso. Você pode orientar o uso do dinheiro, mas não deve ser obstáculo ao uso dele.

Aprendizados que levarei dessa história…

  • Abrir mão da própria vida para “viver/gerênciar” a vida do filho é uma escolha dos pais. Não culpe a criança. Existem profissionais que fazem esse serviço.
  • Ficar com 98% do dinheiro da criança não é “proteção”, é “exploração”
  • Pedir percentual de participação no salário dos filhos é algo sem-noção (na minha opinião).
  • É preciso falar e tratar sobre o dinheiro de forma transparente dentro da família, para não haver problemas de comunicação e entendimento.

E você, aprendeu o que com essa história?

 

Paula Andrade

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