Chega Dezembro e, com festas de fim de ano e férias, a chance das “tretas” familiares quanto à alimentação infantil aumentam. É a tia que quer dar doce escondido à criança, a mãe que não sabe o que oferecer de adequado na ceia do filho ou a sogra que olha torto cada vez que o bebê pede para mamar. Assim, um período que deveria ser de confraternização e de descanso, parece que vira um campo de batalha ou, então, um jogo de xadrez no qual a mãe mede cuidadosamente como se movimentar e agir a fim de sair ilesa. Mas será que precisa ser assim?
Alimentação infantil: sair da rotina é preciso
Vamos começar pensando que, em alguns momentos, é natural e, inclusive, saudável, uma certa flexibilização da rotina. Isso significa que está tudo bem se os horários se modificarem ou se o prato de algumas refeições não forem tão completos, como normalmente são. Porém, quem define os limites desse flexibilização são os responsáveis pela criança, ou seja, em geral a mãe e o pai. Não tem essa de querer agradar o adulto ou ficar sem jeito com o parente. Desde o começo, com delicadeza, mas firmeza, deixe claro como vocês cuidam. Falando em rotina, mesmo que os horários e a variedade da refeição mudem, quando cuidamos para que a criança se mantenha alimentada, certamente ela demandará menos de guloseimas.
A idade do filho importa na hora de mudar a rotina alimentar?
Outro ponto importante a ser considerado é a idade da filho. Abaixo de 2 anos, além de ser recomendável não ter açúcar e industrializados, é mais fácil de cuidar do bebê, porque ele, geralmente, depende do adulto para ter acesso à comida e porque ele ainda está começando a compreender as diferenças entre os alimentos. Depois, certamente, vale a pena já combinar com a criança sobre a sua alimentação. Exceções podem acontecer, como um doce de sobremesa ou no meio da tarde. Afinal, ficar o feriado inteiro proibindo pode ter um efeito negativo.
Mas vale saber que oscilações de apetite podem acontecer. Por estar em um ambiente com mais pessoas, a criança poderá ficar distraída e, inclusive. ter menos interesse para comer. Nesses casos, temos que dar oportunidade para que comam, mas sem insistência.
Festas de fim de ano: o feriado acaba e tudo tende a voltar ao normal
Por fim, prepare opções de ceia que sejam adequadas às crianças. Realmente é estranho a família inteira comer alimentos e somente os pequenos serem proibidos. Algumas sugestões:
- Faça um mix com frutas secas e oleaginosas, como uvas passas, damascos, castanhas de caju, nozes. Somente tenha atenção com consistência e risco de engasgos. E as crianças irão se divertir com o quebra-quebra das cascas de nozes!
- As frutas típicas do Natal também são deliciosas. Cereja é uma delícia, mas é cara. Já uvas, ameixas e pêssegos são mais acessíveis. Lichia também pode ser uma ótima descoberta.
- Faça espetinhos de tomate cereja, ovos de codorna, queijo… Aliás, chame as crianças para montarem juntos. Você só correrá o risco delas comerem tudo antes de terminar!
- Pipoca também é diversão garantida, se as crianças forem um pouquinho maiores!
Difícil quem não goste! - Compre mini-pães (ou corte-os ao meio) e recheie com carne louca! Fazer o “buraco quente” ou hambúrguer caseiro também garante um lanche da tarde ou um jantar improvisado!
- Congele bananas bem maduras e depois processe! Fica com consistência de sorvete! Pode fazer com vários sabores: com cacau em pó, morango, suco de maracujá, manga…
- Pegue um espremedor de frutas e chame as crianças para fazer suco! Coloque o suco em saquinhos e leve para congelar.
- Alguns salgados são ideias muito legais para lanches das crianças! Que tal pensar em tortas, bolinhos de arroz ou esfirras?
Viviane Laudelino Vieira