Esse diálogo aconteceu recentemente em um grupo de amamentação:

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Mãe cansada:
“Terminei a noite pensando até que ponto valeu insistir na amamentação prolongada… Por aqui estamos há 26 meses de amamentação e cada dia eu me sinto mais exausta, sinto que fiz tudo errado. Amamentar se tornou um fardo, logo eu que amavaaaaaaa e defendia a amamentação com unhas e dentes. Tenho pena do meu filho pq ele não sabe dormir sozinho quando está comigo, quer o peito o tempo inteiro e troca um milhão de vezes até pegar no sono… durante a madrugada ele acorda inúmeras vezes suga o peito e volta a dormir, as vezes fica só com ele na boca, sem mamar nada e é assim que a perturbação vem… Eu tento me controlar, mas as vezes deixo o estresse tomar conta, logo eu que sou tão paciente com ele… esses são os únicos momentos que grito, o único momento que ele chora. E por isso me pergunto: de quê valeu chegar até aqui? Antes tivesse desmamado com 1 ano e meio, quando tudo era bom. O cansaço de não ter uma noite inteira há tanto tempo está me enlouquecendo. Ele precisa de autonomia e eu preciso dar isso a ele.”

Resposta da Ana, publisher da Editora Timo:
Acabamos de editar o livro novo do González, e ele cita já na introdução que amamentar é parte intrínseca do ciclo reprodutivo e sexual da mulher, uma parte de sua saúde. Não amamentamos só pq é melhor, amamentamos pq é assim que somos: mamíferos. Amamentar é como criamos nossos bebês desde sempre!
Precisamos ter isso em mente, ao olhar pro nosso bebê, no auge da nossa fadiga. A maternidade nos cansa demais, sabemos disso, mas amamentar não é uma “escolha ruim”, é a vida corrida da nossa sociedade que é a verdadeira escolha ruim! É o peso dos nossos afazeres (domésticos ou profissionais) que faz com que nosso cansaço seja monstruoso, mais do que conseguimos dar conta, ao acordar de madrugada pra acolher o bebê.

Resposta da mãe cansada:
“Ai Ana… chorei lendo seu comentário! Muito, muito obrigada! Eu precisava ❤️”

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