História boa vocês já sabem, a gente gosta e gosta muito! Por isso, compartilhamos na íntegra com vocês a história do BLW, que você encontra no livro Baby-Led Weaning: O Desmame Guiado Pelo Bebê.
A História do BLW
“Embora a prática do BLW provavelmente sempre tenha existido, a teoria de por que e como essa prática funciona foi desenvolvida pela coautora do Baby-led Weaning, Gill Rapley. Tendo trabalhado como enfermeira social por mais de 20 anos, ela conheceu muitas famílias que tinham problemas para alimentar seus bebês. Muitos bebês resistiam a ganhar comida na boca ou aceitavam apenas um número limitado de alimentos. A
lguns pais encontravam como recurso a alimentação forçada, em um esforço para conseguir que os filhos comessem. Os engasgos e as ânsias de vômitos com as refeições que continham pedaços de sólidos eram comuns. As refeições eram extremamente estressantes para os pais e os bebês.
Gill suspeitou que os bebês resistiam ao que estava sendo feito com eles, e não à comida em si. A simples sugestão de esperar um pouco mais (se o bebê tivesse menos de seis meses), ou de deixar o bebê tentar comer sozinho (se ele fosse mais velho), parecia fazer uma diferença enorme, tanto para o comportamento dos bebês quanto para os níveis de estresse dos pais. Tudo se resumia em devolver o controle ao bebê – o que levantou a questão “Por que esse controle foi retirado dele?”.
Como parte do seu mestrado, Gill recrutou um pequeno grupo de pais, com bebês de quatro meses de idade (a idade mínima recomendada para alimentos sólidos naquele momento), para ajudá-la a observar o que os bebês fariam se lhes oferecessem a oportunidade de tocar a comida e manipulá-la sem ganhar comida na boca. Todos os bebês estavam mamando no peito no começo do estudo e continuaram a ser amamentados durante todo o período. O estudo acabou quando eles chegaram aos nove meses. Pediram aos pais que colocassem seus bebês no colo durante as refeições, que permitissem que eles explorassem os diferentes alimentos e, se quisessem, que os comessem. Os pais gravaram vídeos do comportamento dos bebês durante as refeições a cada duas semanas e preencheram um diário com as suas respostas aos alimentos e seu desenvolvimento geral.
Os vídeos e diários mostraram que, aos quatro meses, os bebês não eram capazes de pegar a comida, mas que eles começaram a tentar alcançá-la pouco tempo depois. Quando começaram a segurar os alimentos (alguns mais cedo que outros), todos os levavam à boca. Alguns roíam e mascavam os alimentos desde os cinco meses, mas não engoliam nada. Todos pareciam estar completamente absorvidos no que faziam, mesmo que não precisassem comer. Por volta dos seis meses e meio, quase todos os bebês pareciam ter entendido como levar a comida à boca e, depois de praticar a mastigação por uma ou duas semanas, eles começaram a descobrir como engoli-la.
Eles gradualmente começaram a “brincar” menos com a comida e sua alimentação tornou-se mais intencional. À medida que sua coordenação olho-mão e a coordenação motora fina se desenvolveram, eles foram capazes de pegar pedaços cada vez menores. Por volta dos nove meses todos os bebês estavam comendo uma grande variedade de refeições normais da família. A maioria deles usava as mãos, mas alguns estavam conseguindo usar colheres ou garfos. Seus pais relatavam que eles não tinham dificuldades com pedaços sólidos de alimentos e quase nunca engasgavam quando comiam. Todos os bebês estavam dispostos a provar novos alimentos e pareciam gostar das horas das refeições.
Ao mesmo tempo em que Gill conduzia seu estudo, muitas pesquisas revelavam que idealmente os bebês não deveriam comer nada além do leite materno até completarem os seis meses, e que eles deveriam fazer uma transição gradual em direção a uma dieta mista depois disso. As descobertas de Gill, que eram apoiadas pelas histórias dos pais, sugerem que bebês humanos saudáveis e normais – como todos os bebês de mamíferos – desenvolvem as habilidades que precisam para comer alimentos sólidos sozinhos na idade certa.”
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